A demanda pelo dólar aumentou ontem, quando o Federal Reserve finalmente publicou as condições sob as quais podem ocorrer mudanças nas taxas de juros.

Como anunciado anteriormente, a Reserva Federal deixou as taxas de juros inalteradas entre 0% e 0,25%, afirmando que o curso da economia depende de como a situação com o coronavírus se desenvolve. Não é segredo que o vírus continuará pressionando a economia a curto e longo prazo, o que dificulta a previsão para economistas e especialistas, além de manter uma incerteza econômica bastante alta. Pelo lado positivo, as condições financeiras gerais nos Estados Unidos já melhoraram nos últimos meses, mas, de acordo com a declaração de ontem, o Fed continuará a comprar ativos no mesmo ritmo, e pode continuar a fazê-lo até 2023. Além disso, o banco anunciou que não planeja aumentar as taxas de juros até o final de 2023 e, se necessário, aumentará as medidas de apoio à economia. Assim, as taxas de juros permanecerão próximas de zero até pelo menos o final do próximo ano, embora a maioria dos gerentes espere que esta abordagem continue até o final de 2023. O Fed prevê que a taxa média de fundos federais para 2020-2022 será de cerca de 0,1%.

Além disso, a Reserva Federal também revelou as principais indicações sob as quais ocorrerão mudanças nas taxas. Segundo eles, as taxas de juros permanecerão próximas de zero até que seja atingido o limiar de pleno emprego, que, aliás, é pouco mais de 3,0% de desemprego, e até que a inflação atinja acima de 2%.

Dado o quanto a economia está respondendo bem às medidas de estímulo e o quanto mostrou crescimento no verão, o banco acredita que a taxa média de desemprego no 4º trimestre deste ano será na região de 7% a 8%, menor do que a previsão anterior de 9% a 10%. Quanto à inflação, a previsão para 2020 é de cerca de 1,2%, e a longo prazo, este nível subirá para 1,9%, melhor do que a previsão de 1,8% em junho.

O Fed também está se preparando para fazer algumas mudanças em seus programas de empréstimos, que terão como objetivo aumentar a disponibilidade de empréstimos às empresas necessitadas.

Enquanto isso, no que diz respeito às estatísticas macroeconômicas, foi publicada ontem uma ligeira desaceleração no crescimento das vendas de varejo nos EUA em agosto, mas isso não influenciou muito as cotações do dólar americano. Os dados do Departamento de Comércio dos EUA disseram que as vendas de varejo aumentaram menos significativamente do que em julho, aumentando em apenas 0,6%.

O mercado imobiliário americano também observou um crescimento em setembro, saltando para 83 pontos em relação ao seu recorde anterior de 78 pontos. Isto indica um aumento na confiança entre os construtores de casas nos EUA.

Quanto ao EUR/USD, uma quebra do nível de suporte de 1,1755 levará a uma venda imediata do euro para a área de 1,1650 e 1,1570, mas isto pode ser evitado desde que a cotação consiga se consolidar acima do nível de 1,1800. Tal movimento resultará em um aumento de preço para 1.1855.